Novembro é o mês que foi escolhido para simbolizar a luta contra câncer de próstata, doença que atinge cerca de 1,2 milhão de homens em todo o mundo, sendo um dos que mais matam entre o sexo masculino, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Alvo de preconceito por ser realizado numa região íntima, o exame, por muito tempo, foi considerado um tabu, principalmente entre os homens com a faixa etária dentro do maior fator de risco, que é de 40 anos ou mais.
A campanha Novembro Azul surgiu justamente com o intuito de desmistificar o exame e combater o preconceito, mostrando a importância de se prevenir contra um dos tipos de câncer mais comuns no mundo.
Conversamos com um urologista para tirar dúvidas a respeito do exame. Doutor em Uro-Oncologia pela USP/SP, professor na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e com mais de 15 anos de atuação na área, Ítalo Cortez dá três dicas para deixar o preconceito de lado e fazer o exame de próstata.
1 – Com descoberta precoce, chance de cura pode chegar a 95%
“Atualmente, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que homens que tiveram casos de câncer de próstata na família, de raça negra ou obesos devem fazer o exame regularmente após 45 anos de idade. Os pacientes que não tem pré-disposição, devem fazer após os 50. O exame de próstata feito de forma regular aumenta a chance de o paciente diagnosticar de forma precoce a doença. Quando isso acontece, a chance de cura fica entre 90% e 95%. Por isso, nós aconselhamos que os pacientes façam exames periodicamente”, diz o médico.
2 – O câncer de próstata é quarto mais comum no mundo, e o segundo que mais mata homens
“A última estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), referente aos anos de 2018 e 2019, aponta aproximadamente 68 mil novos casos por ano, um número alarmante, e o que mais preocupa é que ele tem aumentado. O último levantamento antes desse, que havia sido feito em 2015, apontava cerca de 61 mil novos casos por ano, ou seja, tivemos um aumento superior a 11% dentro de um curto intervalo de tempo, o que preocupa. Por isso a prevenção é fundamental”, completou
3 – O exame está disponível no SUS de forma gratuita
“O exame do toque é disponibilizado pelo SUS normalmente. É um exame rápido e indolor. Dura de 10 a 15 segundos. O ideal é que esse exame seja feito anualmente. Isso é o suficiente para fazer a avaliação da próstata. Em alguns casos, é preciso fazer a cada seis meses, mas isso quando o PSA (antígeno prostático específico) está muito elevado ou quando o paciente tem suspeita de alguma doença maligna”, concluiu.
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